Começo dos impostos para apostas esportivas e proibição de bônus mudam estratégias das operadoras

Imagem: pexels

Os bônus de boas-vindas sempre foram uma das principais estratégias utilizadas por operadoras de apostas para atrair novos jogadores. Eles funcionavam oferecendo créditos extras no primeiro depósito ou rodadas grátis em cassinos online, incentivando usuários a experimentarem as plataformas sem um grande investimento inicial. No entanto, com o avanço da regulamentação do setor no Brasil, esse modelo de incentivo foi proibido, forçando as empresas a adaptarem suas estratégias de engajamento.

Além da proibição dos bônus de boas-vindas, a regulamentação, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025, trouxe outro impacto significativo para o setor, que é o começo dos impostos para apostas esportivas. Com a nova legislação, operadoras passaram a pagar uma taxa de 12% sobre a receita bruta dos jogos, enquanto apostadores agora enfrentam um imposto de 15% sobre os prêmios líquidos. 

A medida tem como objetivo aumentar a arrecadação para setores como esporte, turismo e segurança pública, mas, ao mesmo tempo, impõe desafios operacionais para as plataformas de apostas, que precisam encontrar novas formas de fidelizar seus clientes sem recorrer aos incentivos tradicionais.

Diante desse novo cenário, operadoras começaram a se ajustar, investindo em promoções diferentes e criativas que não infringem as regras e, ao mesmo tempo, continuam oferecendo formas de engajar os jogadores. Essa adaptação permite que a operadora continue a reter usuários, respeitando a regulamentação.

Em relação ao bônus sem depósito, a decisão de banir esse tipo de incentivo foi baseada na necessidade de criar um ambiente mais seguro e responsável para os apostadores. Esses bônus eram considerados problemáticos porque podiam levar novos usuários a apostas impulsivas e a um ciclo de jogo pouco consciente. Além disso, muitos desses bônus vinham com requisitos de apostas complexos, dificultando o saque dos ganhos.

Com a regulamentação definitiva das apostas esportivas e o início da taxação do setor, o governo brasileiro definiu que as promoções oferecidas pelas operadoras devem estar alinhadas com princípios de transparência e responsabilidade social. Isso significa que as empresas precisaram reestruturar suas estratégias para continuarem competitivas sem recorrer a práticas que incentivem o jogo irresponsável.

A KTO, uma das 14 primeiras operadoras a receber a licença definitiva para atuar no Brasil, ajustou sua estratégia para continuar oferecendo benefícios aos seus jogadores sem infringir as novas regulamentações. Em vez de bônus de boas-vindas, a operadora agora investe em campanhas de engajamento contínuo e promoções que premiam a fidelidade do usuário. 

Entre as principais promoções adotadas pela KTO, destacam-se o jogo da semana, que oferece benefícios exclusivos para um título específico a cada semana, incentivando os jogadores a experimentarem novos jogos e explorarem títulos de cassino no site.

Há também o “cashback em dobro”, que devolve uma porcentagem das perdas dos jogadores, proporcionando uma experiência mais equilibrada e permitindo que continuem se divertindo com menos riscos. As missões diárias da fortuna, por sua vez, desafiam os jogadores a cumprirem objetivos específicos dentro dos jogos da série Fortune, incluindo o popular Fortune Tiger, em troca de recompensas exclusivas.

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E há a opção do cashback tradicional para a categoria de cassino, um incentivo que permite aos jogadores recuperar parte do saldo perdido nos jogos de cassino, tornando a experiência mais sustentável e garantindo mais chances de jogo.

Essas promoções seguem os novos regulamentos, pois não incentivam o jogo impulsivo e são acessíveis a todos os jogadores da plataforma, sem necessidade de depósitos iniciais específicos para desbloqueá-las.

No entanto, as mudanças regulatórias não se limitaram à proibição dos bônus de boas-vindas. Além da reformulação das promoções, as operadoras agora precisam lidar com um novo fator determinante para a sustentabilidade do setor: a tributação.

Com o começo dos impostos para apostas esportivas, os apostadores agora precisam pagar 15% de imposto sobre seus prêmios líquidos. Além disso, a retenção é feita diretamente na fonte, o que significa que o valor já sai descontado no momento do saque.

Para as operadoras, a taxa de 12% sobre a receita bruta também impacta os lucros, tornando essencial encontrar novas formas de manter os jogadores engajados sem comprometer a rentabilidade e o aumento da carga tributária levanta preocupações sobre a migração de apostadores para sites não regulamentados, onde a taxação pode ser inexistente ou menor. 

Outro ponto que gerou debates foi a inclusão do setor de apostas no chamado “imposto do pecado”, o que pode elevar ainda mais a carga tributária. Especialistas alertam que taxas muito altas podem reduzir a competitividade das plataformas reguladas e aumentar a evasão fiscal.

Apesar dos desafios, o fim dos bônus de boas-vindas e o começo dos impostos para apostas esportivas abriram espaço para novas abordagens no setor. As operadoras agora buscam formas de reter jogadores fiéis com ofertas mais responsáveis, em conformidade com a legislação.